A técnica
de descida é um dos itens importantes na pilotagem. Afinal, durante as trilhas,
além das cansativas subidas, muitas vezes íngremes, o caminho para baixo,
embora aparentemente mais tranqüilo, não é menos trabalhoso para os atletas e
praticantes.
Ao
preparar-se para a descida, é importante observar os seguintes itens:
Qual o
tipo de terreno da descida?
Existem
erosões ou o chão é liso?
Qual a
posição do piloto na bike?
Qual a velocidade
do piloto?
O biker é
experiente?
A bike
tem suspensão dianteira e traseira?
O biker
já conhece a descida?
Todas
essas preocupações precisam ser levadas em conta pelo praticante. Essa ação
garantirá uma descida mais segura, sem abrir mão da adrenalina.
O
primeiro passo, portanto, é verificar o tipo de terreno. Se este for mais liso,
a velocidade desenvolvida poderá ser maior. Se tiver muitas erosões, será necessário
diminuir a velocidade e tomar mais cuidado.
Em terrenos mais lisos, é
possível desenvolver maior velocidade
Pronto para frear - A posição do atleta na bike também é muito
importante. O piloto precisa estar com o peso deslocado para trás, com o
intuito de ajudar na estabilidade e no equilíbrio. Depois que este já tiver
analisado o terreno e a posição de descida, ele terá de prestar atenção na
velocidade.
É preciso ter mais cuidado nos trechos com erosões
Caso chegue a um local com erosões mais rápido do que o previsto,
ele poderá cair e se machucar. Normalmente ele deverá frear em qualquer descida
porque, sem o menor sinal, pode aparecer uma erosão do tamanho da bike dele.
Atenção, observação e cautela são pontos fundamentais para uma descida sem
acidentes.
Essa cautela também é importante para os pilotos mais experientes. Já
ter feito várias descidas bem sucedidas não habilita nenhum biker a deixar de
lado as normas básicas de segurança. A confiança excessiva pode ter, como conseqüência,
sérias lesões e até afastamento temporário das pedaladas. É preciso não
esquecer também os equipamentos e acessórios adequados, como luvas e capacetes.
Quando chegar ao fim da descida, aproveite para descansar e curtir o visual.
Prepare-se, descanse e recarregue as energias... para a próxima subida!
Qual a melhor maneira de fazer uma descida?
Qual a melhor maneira de fazer uma descida?
Um dos mitos com relação à técnica de descida de mountain bike é que não
é preciso apenas soltar a bike ladeira abaixo, é necessário saber se posicionar
numa descida, assim como numa curva em downhill para que não haja nenhum
acidente.
O movimento impede que o pneu
traseiro levante
A atleta Adriana Nascimento dá dicas importantes sobre essa técnica de pilotagem.
O básico na descida é o posicionamento do corpo na bicicleta. Muitos pensam que
pra fazer uma curva na descida é preciso com o braço virar o guidão da
bicicleta. Nem sempre é assim. Às vezes você nem vira o guidão, é um jogo de
joelho, quadril e ombro que leva a bicicleta pra trajetória correta.
O corpo deve ser projetado para
trás na descida
Para
descidas íngremes, o alerta é para o posicionamento dos pedais e do quadril. Os
pés devem estar apoiados nos pedais, os joelhos flexionados, e o quadril deve
tentar passar o selim, num movimento como se fosse o de sentar numa cadeira que
esteja afastada. Quanto mais afastado o quadril, mais estabilidade terá a bike,
porque o peso será colocado nas rodas de trás, evitando que a roda traseira
levante e o ciclista seja ejetado da bicicleta.
Qual a melhor maneira de fazer
uma subida?
Uma
subida de mountain bike exige muita resistência física do atleta e esse pode
ser o ponto crucial em uma disputa. De acordo com a atleta Adriana Nascimento,
a primeira dica para uma subida de bike é ter força para pedalar.
Outro
ponto importante, assim como nas técnicas de descida é o posicionamento do
corpo na bicicleta. Para subidas muito inclinadas, o ideal é sentar na ponta do
selim e abaixar o tronco, levando o rosto em direção ao guidão, para transferir
a força para a roda da frente e não acontecer da roda dianteira levantar e o
corpo ir para trás.
Na subida é necessário força e
abaixar o tronco
Além disso,
esse movimento tira o peso também da roda de trás, facilitando a tração da
bike. O ideal é saber ler o terreno e adequar sua força ao que ele exige.
Também há o fator treino.
A atleta
alerta para que haja sempre treinos intercalados em diversos tipos de terreno:
subida lisa, com pedra, inclinada, de velocidade. Muitas vezes a leitura do
terreno é que define a melhor posição para a subida, já que em alguns momentos,
tirar o peso da roda de trás não ajuda a tracionar a bike em certos tipos de
terreno. Quanto mais treino em diversos tipos de terrenos, melhor vai ser.
Subidas exigem preparo físico e
psicológico
No mountain
bike, as subidas são um ponto chave para vencer ou perder uma prova e um grande
desafio também para aqueles que não competem. Elas exigem muito dos atletas,
tanto física, quanto psicologicamente. Preparar-se para as subidas é de grande
importância principalmente para aqueles que querem enfrentar os desafios de uma
prova de cross-country.
Em uma
prova, treino ou pedalada, procure sempre entrar numa subida com a marcha certa
para facilitar a tração e evitar a perda de equilíbrio em cima da bike. Para subir
em pé use o bar end como alavanca e procure desenvolver velocidade (velocidade
não quer dizer marcha pesada). Deve-se sempre procurar a marcha ideal para cada
tipo de subida e de terreno.
Por
exemplo: numa subida curta seguida de uma descida é normal que se use marchas
mais pesadas para não perder a velocidade. Mas num terreno íngreme e longo
deve-se utilizar uma marcha mais leve e apropriada para o ritmo de cada um.
Em subidas longas, é importante
manter o ritmo
Nas
subidas longas ou provas muito longas subir sentado e tentar impor um ritmo que
seja sustentável até o final é uma boa pedida, pois um esforço exagerado pode
ser fatal e custar algumas posições até a bandeirada final.
Cada atleta tem suas características e estilo próprio de pedalada. O importante é que cada um respeite o limite do seu corpo.
Cada atleta tem suas características e estilo próprio de pedalada. O importante é que cada um respeite o limite do seu corpo.
Subidas
longas - Em subidas longas é necessário saber dosar a energia e o ritmo para
não se desgastar demais no início, o que viria a prejudicar o rendimento do
atleta do meio da prova para o final. Eu particularmente uso muito subir
sentado e se perceber o ritmo diminuindo procuro pedalar em pé e acelerar o
passo.
Preparo físico e psicológico
fazem toda a diferença, principalmente em subidas mais íngremes.
O ideal é
procurar sempre impor um ritmo que você suporte, o ritmo da pedalada também é
importante. Usar a marcha certa com uma cadência que seja confortável para cada
um é um ponto importante a se reparar. Às vezes a cadência do seu adversário não
é a mais confortável para você.
Quando
empurrar a bike - Assim como saber manter-se de forma sustentável durante uma
subida, é importante perceber o momento em que é melhor descer e empurrar a
bicicleta. Principalmente em subidas íngremes, o esforço físico feito para
vencê-las nem sempre é vantajoso. Além disso, o biker corre um grande risco de
se desequilibrar e tombar de lado, podendo ferir-se.
Dependendo da situação, a melhor
escolha é empurrar a bike
Quando
perceber que está sofrendo um desgaste físico muito grande, não hesite em
descer da bike e empurrá-la rapidamente por alguns metros até encontrar um
trecho mais plano. Este pequeno descanso também poderá ser importante
psicologicamente.
O fator
psicológico - É fato que, além de um grande desgaste físico, as subidas causam
muito desgaste psicológico mesmo nos bikers mais preparados. Dor falta de ar e
a sensação de desconforto pode ser minimizada com um melhor preparo físico.
Quanto
melhor preparado fisicamente, menos o atleta ou praticante sofrerá diante deste
desafio e melhor aproveitará as suas pedaladas. Fazer exercícios regularmente e
treinar sempre que possível em trechos de subida são ações que ajudam bastante.