O principal
benefício do ciclismo em relação à corrida seria a drástica redução das cargas
de impacto sob as quais as articulações são submetidas durante o processo de
treinamento de corrida em longo prazo.
A hipertrofia
está diretamente relacionada ao limiar de excitação das fibras de contração
rápida que só são atingidas em sobrecargas muito elevadas. O grau de
hipertrofia gerado pelo ciclismo dependerá do nível e tipo de treinamento, e
principalmente pela genética do atleta. A médio e longo prazo, o treinamento de
ciclismo acarretará um processo de ganho de massa que estará diretamente ligado
as características do treinamento e as individuais do atleta. É um erro comum
achar que o ganho de força está diretamente ligado "somente" a
hipertrofia. Atletas escaladores (subidores de montanha) precisam de força e ao
mesmo tempo não podem ficar "pesados”, com uma massa muscular muito
avantajada que refletirá em mais peso para carregar. Já os atletas de sprint
precisam de uma massa muscular avantajada a fim de obter potência (força +
velocidade = explosão).
Os suplementos a
serem utilizados dependerão de vários fatores que englobam o treinamento.
Geralmente em treinamento de alto nível são feitas constantes mensurações de
variáveis metabólicas a fim de se constatar a necessidade de tipos específicos
de suplementação. No dia a dia é comum usar suplementos repositores de energia
ricos em carboidratos, visando manter o nível de glicose sanguínea que
diminuirá a velocidade de degradação do glicogênio muscular (retardando a
fadiga periférica) e do glicogênio hepático (retardando o processo de
catabolismo gerado pela obtenção de energia proveniente de outras vias
metabólica que não a glicose).
É possível
diminuir a concentração de gordura e aumentar o volume de massa muscular com o
treinamento de ciclismo. Isso dependerá do tipo e tempo de treinamento e
principalmente pela ingesta calórica. O emagrecimento é matemático. É
necessário investigar a necessidade de ingestão em relação ao gasto promovido.
Além disso, o emagrecimento independe da modalidade praticada, o que será
fundamental é o gasto energético promovido e o consumo calórico do praticante.
Durante a corrida ocorre um maior consumo de oxigênio nos músculos dos membros
superiores em relação ao ciclismo por causa do gesto motor mais abrangente. Em
pessoas com sobrepeso elevado, a ausência do impacto articular do ciclismo em
relação à corrida favorecerá o emagrecimento em longo prazo, em virtude da
menor probabilidade de lesões (contribuirá para a continuidade no esporte).
Fred Magro CREF:
Nº27909-G/RJ